Está cada vez mais comum encontrar adultos que não assumem a responsabilidade pelos seus atos. Culpam os pais e o mundo pelos seus problemas, não conseguem manter um relacionamento estável com ninguém pois “está cada vez mais difícil encontrar a pessoa certa”.
São os donos da verdade, estão sempre certos e quem não concorda com eles é escroto, alienado, babaca, sem noção. Não se preocupam em ouvir o outro, aprender com o outro, se adaptar ao outro, afinal, dá muito menos trabalho conviver com um cão.
Morando com os pais, eles têm casa, comida e roupa lavada e, mesmo assim, não conseguem criar uma reserva financeira. Gastam tudo o que ganham em roupas e baladas. Pequenos prazeres que não podem ser adiados pois “a vida é muito curta”.
Quando é conveniente, batem no peito e gritam: “Ninguém manda em mim, eu já sou um adulto!”, mesmo sem terem a menor ideia do que é ser um adulto, de como um adulto se comporta. Eles se recusam a assumir a responsabilidade por suas escolhas, a suportar a frustração, a adiar a gratificação. E por que deveriam? Seus pais sempre fizeram e continuam fazendo tudo por eles.
Muitos pais têm uma enorme dificuldade em deixar que os filhos abandonem o ninho. Querem mantê-los debaixo de suas asas porque “ele ainda é e sempre será o meu bebê”. Mas, fazendo isso, esses pais prejudicam o desenvolvimento normal e natural dos filhos, que seguem arrastando a adolescência vida afora, se recusando a amadurecer.
É preciso deixar que os filhos cresçam. É preciso viver o luto da perda da infância e da adolescência dos filhos e permitir que os filhos vivam o seu próprio luto pela perda da infância e da adolescência. É preciso encarar de frente cada nova fase dos filhos, com naturalidade, desapego, coragem.
Se você se identificou com este texto, eu te convido a ler o e-book Compreendendo a adolescência. Nele você vai conhecer as principais mudanças que a adolescência traz para pais e filhos e como se adaptar a elas de forma a ajudar os jovens a desenvolver as habilidades necessárias para se tornarem adultos. Adultos de fato!
Um abraço
Eloisa