Segundo o psicólogo, especialista em desenvolvimento da criança e do adolescente, Laurence Steinberg, pode-se definir uma mãe ou um pai positivo como alguém capaz de transmitir aos filhos valores como honestidade, empatia, autoconfiança, bondade, cooperação, autocontrole e alegria. E, vale lembrar, transmitimos através de exemplo. Para transmitir esses valores aos filhos, precisamos praticá-los no nosso dia a dia.
Pais positivos ajudam os filhos a serem bem-sucedidos na escola, promovem o desenvolvimento da curiosidade, motivam o aprendizado e o desejo de realizar seu potencial. Desencorajam comportamentos inadequados como o desrespeito aos outros.
Ser uma mãe ou um pai positivo é dar aos filhos condições para que se tornem seres saudáveis e felizes.
A maioria dos pais quer que seus filhos sejam felizes, seguros, respeitosos, responsáveis, solidários, bem-sucedidos e realizados. Porém, nem todos sabem como alcançar esses objetivos.
Segundo especialistas em educação positiva Steinberg e a criadora da disciplina positiva, Jane Nelsen, para se tornar um pai ou uma mãe positiva, você deve procurar desenvolver algumas habilidades importantes.
Essas habilidades são úteis para pais que estão apenas começando quanto para aqueles cujos filhos já estão na adolescência. Elas são de grande utilidade para aqueles pais que se sentem perdidos e acham que precisam de ajuda. São elas:
Firmeza e gentileza – Gentileza é importante pois mostra compreensão e respeito às necessidades dos filhos. Firmeza é importante pois mostra respeito por nós mesmos e conforme a necessidade da situação. Aos pais autoritários, normalmente falta gentileza e aos pais permissivos, normalmente falta firmeza.
É possível dizer não com gentileza, demonstrando compreensão pelos sentimentos e necessidades dos filhos: “Querido, sinto muito por você ter ficado bravo. Eu respeito seus sentimentos, mas não a maneira como você está agindo.”
Empatia – Ter empatia não significa concordar com tudo o que o filho diz ou faz, significa entender o que ele está sentindo quando diz ou faz determinada coisa. A empatia nos ajuda a entender que nossos filhos são diferentes de nós e que enxergam o mundo de outra maneira. Que possuem opiniões diferentes e podem fazer escolhas diferentes daquelas que nós fazemos.
Respeito mútuo – Pais positivos sabem respeitar os filhos ao mesmo tempo que sabem respeitar a si mesmos. Eles impõem regras e limites de forma respeitosa. Isso quer dizer que levam em consideração tanto as próprias necessidades quanto as necessidades dos filhos.
Autorresponsabilidade – Pais positivos não ficam se vitimizando, não ficam apontando culpados. Eles encaram os erros como oportunidade de crescimento e aprendizagem. Eles não focam em problemas, buscam soluções. Eles, diante de um comportamento desafiador dos filhos, não perguntam: “Como eu faço esse menino me obedecer?”. Eles pensam: “Como eu posso ajudar meu filho a se comportar melhor?”
Flexibilidade – Pais positivos sabem que precisam se adaptar a cada fase de desenvolvimento dos filhos. Sabem também que cada filho é diferente do outro e esforçam-se para se adaptar à personalidade de cada filho.
Consistência– Pais positivos adotam rotinas diárias estáveis e saudáveis, como por exemplo, fazer as refeições nos mesmos horários, seguir as mesmas rotinas para as tarefas cotidianas, tal como hora de acordar e dormir. Ter rotina faz com que os filhos se sintam seguros e amparados pois sabem o que esperar e sabem o que seus pais esperam deles. Mas, é muito importante lembrar que ser consistente não significa ser rígido.
Incentivar a autonomia dos filhos – Pais positivos não controladores, eles sabem que precisam dar espaço para os filhos se desenvolverem de forma saudável. Eles fazem perguntas e dão escolhas. Pais positivos sabem o equilíbrio entre dar liberdade e estabelecer limites.
Assertividade – Crianças precisam de amor e segurança. Uma das formas de dar segurança é deixar bem claro quais são as regras e os limites a serem seguidos pelos membros da família. Pais positivos sabem que não podem se esquivar, que terá momentos em que precisarão ser firmes.
Eles não têm medo das reclamações dos filhos. São assertivos. Falam e fazem o que precisam falar e fazer no momento adequado. Mas é importante lembrar que ser firme não significa ser autoritário. Firmeza e gentileza andam sempre de mãos dadas quando se trata de uma paternidade positiva.
A parentalidade positiva não vai transformar você em uma mãe ou um pai perfeito porque isso não existe. Ela vai te lembrar que você e seus filhos são seres humanos, com seus defeitos e qualidades, tentando ser, a cada dia, um pouquinho melhor.